Define-se sinais vitais como
sendo as principais manifestações fisiológicas do organismo humano, conferindo
o bom funcionamento dos sistemas do corpo. Suas variações poderão indicar
enfermidades. São eles: pulso, pressão arterial, temperatura e respiração.
Temperatura
Temperatura corporal é a
diferença entre a quantidade de calor produzido pelos processos corporais e a
quantidade de calor perdida para o ambiente esterno.
A TEMPERATURA EM SERES
HUMANOS
De
36º a 37ºC afebril
De
37,5º a 37,8º estado febril ,
De
38º a 38,9ºC febre,
De
39º a 40ºC pirexia,
Acima
de 40ºC hiperpirexia.
Hipertermia – de 38º a 40ºC.
Hipotermia – temperatura
abaixo de 35º.
A FLUTUAÇÃO DA TEMPERATURA É
ACEITÁVEL,
Temperatura
bucal de 36,2º a 37ºC,
Retal de 36,4º a 37,5ºC,
Axilar
de 36º a 36,8ºC,
Ignal
de 36º a 36,8º.
Local da verificação é um
fator que determina se o paciente está ou não febril, o local mais fidedigno e
confiável é o da artéria pulmonar (cateter de sawn ganz) oferece leitura do
sangue misto.
Princípios da regulação
A manutenção da temperatura
depende de fatores fisiológicos e corporais, ela deve ser mantida constante e
dentro de uma faixa normal, é uma relação entre a produção e a perda de calor.
Mecanismo regulador
Cardiovascular.
Neurológico.
O hipotálamo controla a
temperatura corporal, o hipotálamo anterior controla a perda de calor, e o
posterior a produção de calor.
Mecanismo de perda de calor.
Sudorese
Vaso dilatação sanguínea.
Mecanismo de ganho de calor,
ou diminuição da perda.
Vaso constrição
Contração do músculo
voluntário.
Tremor
Produção de calor
O calor é produzido no corpo
mediante o processo de oxidação metabólica (atividade física – gasto de
energia).
Perda de calor
Radiação
(é a transferência do calor de uma superfície de um objeto para a superfície de
outro sem o contato real), o sangue flui dos órgãos centrais levando calor para
pele e vasos sanguíneos.
Condução(transferência
do calor por contato direto) – o uso de bolsa de gelo.
Convecção(é
a transferência do calor para longe do corpo por movimentação do ar) –
ventilador e
evaporação
(transferência da energia do calos quando o liquido é transformado em gás),
diariamente perdemos de 600 a 900ml pela pele e pulmões – perda insensível.
Fatores que afetam a temperatura
corporal – idade, exercícios físicos, nível hormonal, ritmo cardíaco, stress e
ambiente.
Febre – É uma síndrome,
apresenta um conjunto de sinais e sintomas, a manifestação clinica é
determinada hipertermia.
Sintomas –
1º fase – tremores, calafrios
e sente-se fria.
2º fae – temperatura maior,
sem calafrios, a pessoa sente quente e seca.
3º fase – inicia-se as
respostas de perda de calor, a pele se torna quente e ruborizada
(vasodilatação).
Aumento da frequência
cardíaca é uma resposta fisiológica do corpo pelo gasto metabólico dos tecidos.
Classificação da febre
Febre constante –
hipertermia diária com variações de 1ºC. Ex: Sepsemia, febre tifoide.
Febre recorrente – Períodos
de apirexia (semanas dias) intercalados com crises febris.
Febre intermitente -
Períodos de crises febris (dias/horas) intercalados com apirexia s. Ex: Malária
(de 2 em 2dias).
Febre remitente –
hipertermia diária, Ex: Tuberculose, SIDA.
Internação – exposição
prolongada ao sol, ou ambientes com sobrecargas de calor.
O calor deprime a função
hipotalâmica, a vitima não transpira.
Sinais e sintomas –
tonteira, confusão, delírio, sede, náuseas, câimbras, distúrbios visuais, pele
quente e seca. Temperatura superior a 40,5º produz lesão em células e órgãos.
Se o paciente se tornar inconsciente com pupilas fixas a lesão neurológica
permanente.
Hipotermia – Perda de calor
durante cirurgia.
Pacientes idosos
Sepse
Hipertermia, pós-operatório sob o efeito de
anestésico,
Sepse
Reações alérgicas
Cuidados de enfermagem no
controla da temperatura corporal.
1- Locais mais indicados : boca, reto e axilas.
2- A retal é a mais fidedigna.
3- Idosos tem reações mais lentas, crianças mais rápidas.
4- Tempo de aferição : 7 a 10 min. na axilar.
5- Em pacientes com queimaduras no tórax,. Fraturas nos membros
superiores e furúnculos na região axilar, usar temperatura oral(ingestão de
alimentos),
6- Com hipertermia – banho com água resfriada, retirar
cobertores, compressas de água gelada na região ignal e axilar, ante pirético.
7- Com hipotermia – Aquecer, liquido quente.
Pulso
Reflete o funcionamento do
sistema circulatório.
Pode ser verificado em
vários locais do corpo.
FISIOLOGIA DO PULSO
O coração é um músculo
involuntário e inervado pelo sistema nervoso autônomo.
Os nervos simpáticos
aceleram as contrações e os parassimpáticos as diminuem.
Aproximadamente 60 a 70 ml
de sangue (volume sistólico) entram na aorta a cada contração ventricular.
Em cada ejeção do débito
cardíaco, as paredes da aorta distendem-se, criando uma onda de pulso que viaja
rapidamente na direção das terminações distais das artérias.
Quando a onda de pulso
alcança a artéria periférica, ela pode ser sentida pela palpação suave da
artéria contra o osso ou músculo subjacente.
Medimos em BPM
Débito cardíaco é o produto
da frequência cardíaca e do volume sistólico do ventrículo.
MÉDIA NORMAL DO PULSO
Lactentes:
110 a 130 bpm;
Idade
inferior a 7 anos: 80 a 120 bpm;
Idade
superior a 7 anos: 70 a 90 bpm;
Puberdade:
80 a 85 bpm;
Homem:
60 a 70 bpm;
Mulher:
65 a 80 bpm.
Áreas de verificação do
pulso:
1. Temporal;
2. Carotídea;----agravo clinico
3. Apical;-----lactentes, crianças, ou quando a impossibilidade
de se utilizar a radial
4. Braquial;
5. Radial;---- escolha
6. Ulnar;
7. Femoral;
8. Poplítea;
9. Tibial;
10. Pediosa.
Na vida real as artérias de
escolha são: radial e carotídea.
Características do pulso:
1. Frequências:
Variações de frequência----
taquicardia (acima de 100bpm)
-----
bradicardia (abaixo de 60bpm)
2. Ritmo:
Intervalo regular entre um
batimento cardíaco é conhecido como pulso regular ou como pulso irregular.
Quando ocorre uma contração
ineficiente do coração, que falha em transmitir a onda de pulso para o local
periférico, cria um déficit de pulso.
Para analisar o déficit de
pulso devemos diminuir a frequência apical da radial.
3. Amplitude:
Reflete o volume de sangue
ejetado contra a parede das artérias a cada contração cardíaca, bem como a
condição do sistema vascular arterial que conduz ao local do pulso.
4. Igualdade:
É a comparação entre os
pulsos periféricos.
Cuidados de enfermagem na
verificação do pulso
1. Preparar o cliente emocionalmente;
2. Preparar o material;
3. Lavar as mãos;
4. O cliente é posicionado deitado, sentado, ou semissentado,
mantendo o braço confortável.
5. Usar as pontas de dois dos dedos da mão sobre a artéria
radial, fazendo ligeira pressão.
6. Observar o relógio e contar durante 1 minuto.
7. Quando o paciente apresenta pulso regular é possível verificar
por 30 segundos e multiplicar por dois.
Pressão arterial
A pressão arterial é a força
lateral sobre as paredes de uma artéria, exercida pelo sangue pulsando devido à
pressão do coração.
O pico de pressão máxima,
quando a ejeção acontece, é a pressão arterial sistólica. Quando o ventrículo
relaxa, o sangue que permanece nas artérias exerce uma pressão mínima, é a
pressão.
A unidade padrão é mmHg = a
altura que a pressão arterial pode elevar uma coluna de mercúrio.
A diferença da pressão
sistólica da diastólica é a pressão de pulso. Valor normal é em torno de
40mmHg.
Valores normais
Pressão
sistólica: entre 90 e 140 mmHg
Pressão
diastólica: entre 60 e 90 mmHg.
Termos corretos
Normotenso:
pressão arterial normal
Hipertenso:
acima dos valores normais
Hipotenso:
abaixo dos valores normais
Fisiologia da pressão
arterial
A pressão arterial reflete
as inter-relações do débito cardíaco, resistência vascular periférica, volume sanguíneo,
viscosidade sanguínea e da elasticidade da artéria.
Na medida que aumenta o
débito cardíaco mais sangue é bombeado contra as paredes arteriais fazendo com
que a pressão arterial se eleve.
O debito cardíaco pode
aumentar como resultado de uma elevação da frequência cardíaca, da maior
contratilidade do músculo cardíaco ou aumento do volume sanguíneo.
Cuidados de enfermagem no
exame da pressão arterial
A medida pode ser feita de
forma direta e indireta, o método direto requer procedimento invasivo, um
cateter e equipamentos de monitorização eletrônica, o método indireto ou não
invasivo é mais comum, necessita de uso de esfigmomanômetro e estetoscópio. O
enfermeiro verifica a pressão arterial indiretamente pela ausculta ou palpação.
Técnica de verificação
O esfigmomanômetro é
composto por um manômetro de pressão (aneroides e de mercúrio), um manguito
oclusivo (tecido ou vinil) que possui no seu interior uma bexiga de borracha
inflável e uma pêra de pressão co uma válvula de liberação para inflar o
manguito. O tamanho utilizado e proporcional a circunferência do membro.
Durante a verificação
observar:
- Examinar fatores que
influenciam a pressão arterial.
- Evitar aplicar o manguito
sobre o braço que estiver com o cateter endovenoso e líquidos sendo infundidos.
- O cliente deve ser mantido
deitado ou sentado e o braço ao nível do coração.
- A artéria braquial deve
ser palpada e o diafragma do estetoscópio deve ser posicionado sobre a artéria
. O manguito fica 2,5 cm acima do local da palpação.
Respiração
O sistema respiratório é
responsável pela troca de oxigênio e gás carbônico entre a atmosfera e o sangue
circulante.
Ventilação é o movimento dos
gases para dentro e fora dos pulmões.
Difusão é o movimento do
oxigênio e dióxido de carbono entre os alvéolos e as células vermelhas do
sangue.
Controle fisiológico
O controle é feito pelos
níveis de concentração de CO² no sangue.
Exame das respirações
A medida exige observação e
palpação do movimento da parede torácica.
Frequência respiratória
O enfermeiro deve observar a
inspiração e expiração completas quando conta a ventilação e a frequência
respiratória.
O valor normal em adultos é
entre 12 a 20 incursões respiratórias por minuto.
Profundidade da respiração.
O enfermeiro observa se os
movimentos respiratórios são profundos, normais ou superficiais. As principais
alterações respiratórias são:
BRADIPNEIA:
a frequência da respiração é regular, mas anormalmente lenta, menor que 12 rpm.
TAQUIPNEIA:
a frequência da respiração é regular, mas anormalmente rápida, maior que 20
rpm.
APNEIA:
As respirações cessam por vários segundos.
HIPERVENTILAÇÃO: a frequência e a profundidade das respirações
aumentam.
HIPOVENTILAÇÃO: a frequência e a profundidade das respirações
diminuem.
RESPIRAÇÃO
DE CHEYNE-STONE: a frequência e a profundidade respiratória são irregulares,
caracterizadas por períodos alternados de apneia e hiperventilação. O ciclo
respiratório inicia-se com respirações lentas e superficiais, que,
gradualmente, aumentam para frequência e profundidade anormais. O padrão
reverte, a respiração torna-se lenta e superficial, atingindo o Máximo a apneia
antes de a respiração retornar.
RESPIRAÇÃO
DE KUSSMAUL: as respirações são anormalmente profundas, regulares e aumentadas
em frequência.
RESPIRAÇÃO
DE BIOT: as respirações são anormalmente lentas por duas a três respirações,
seguidas por um período irregular da apneia.
Cuidados de enfermagem
O cliente deve estar calmo.
È importante que não perceba a verificação. Registrar por 1 minuto completo.
Método
Não permitir que o paciente fale durante a verificação.
Não contar a respiração logo após esforços do paciente.
Método
- Deitar o paciente ou sentá-lo com apoio dos pés;
- Observar os movimentos de abaixamento e elevação do tórax. Os movimentos de (inspiração e expiração) somam m movimento respiratório;
- Colocar os movimentos respiratórios durante um minuto e
- Anotar.
Não permitir que o paciente fale durante a verificação.
Não contar a respiração logo após esforços do paciente.
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