VANCOMICINA (antibiótico
[glicopeptídio])
CELOVAN, CLORIDRATO DE VANCOMICINA, VANCOCID, VANCOSON
PROPRIEDADES: Bactericida. Liga-se à parede celular bacteriana,
causando a morte do microrganismo. Usada como cloridrato. Efeitos
terapeuticos/; ação bactericida contra organismos suscetiveis; espectro ativo
contra patógenos gram-positivos, como estafilococos (incluindo cepas meticilino
resistentes de Staphylococcus aureus), estreptococos beta-hemoliticos do grupo
A, Streptococcus pneumoniae, Corynebacterium, clostridium, Enterococcus
faecalis e Enterococcus faecium.
FARMACOCINÉTICA
Uso IV. Inicio da ação/; rápido; nível sanguíneo: logo após a
infusão; duração/; 12-24h; eliminação: renal (quase completamente); meia-vida:
6h (maior na insuficiência renal).
INDICAÇÕES E POSOLOGIA
Tratamento de infecções potencialmente fatais, quando são
contra-indicados anti-bacterianos menos tóxicos. Particularmente útil nas
infecções estafilocócias (endocardite, osteomielite, pneumonia e septicemia).
Infecções dos tecidos moles em pacientes alérgicos à penicilina ou aos seus
derivados ou quando o teste de sensibilidade demonstra resistência à
meticilina. Infecções sistêmicas graves.
CONTRA INDICAÇÕES E PRECAUÇÕES
Hipersensibilidade. Use cuidadosamente nos casos de insuficiencia
renal (se CCr= 80ml/min, recomenda-se reduzir a dose), prejuízo auditivo,
obstrução ou inflamação intestinal, gestação e lactação: segurança ainda não
estabelecida.
REAÇÕES ADVERSAS
CV: hipotensão.
DERMATOLOGICA: rash.
GU: nefrotoxicidade.
HEMATOLOGICA: eosinofilia, leucopenia.
LOCAL: flebite.
MUSCULOESQUELÉTICA: dor nas costas e no pescoço.
OTORRINOLARINGOLOGICA: ototoxicidade.
OUTRA: reações de hipersensibilidade (incluindo anafilaxia,
calafrios, febre, sindrome do "pescoço vermelho", superinfecção).
Anestésicos: maior risco de rubor (crianças).
Bloqueadores neuromusculares não despolarizantes; possível aumento
do bloqueio neuromuscular.
Nefrotóxicos (outros, incluindo àcido acetilsalicílico,
aminoglicosídeios, ciclosporínas, cisplatina e diuréticos de alça): posíiveis
ototoxicidade e nefrotoxicidade aditivas.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
ü A medicação deve ser administrada
exatamente conforme recomendado e o tratamento não deve ser interrompido, sem o
conhecimento do médico, ainda que o paciente alcance melhora. Se 1 dose for
esquecida, ela deverá ser administrada tão logo possível, exceto quando no
mesmo horário da próxima dose. As doses esquecidas não devem ser dobradas.
ü A medicação não deve ser
usada durante a gestação e a lactação. No caso de gravidez (confirmada ou
suspeita) ou, ainda, se a paciente estiver amamentando, o médico deverá ser
comunicado imediatamente. Recomende à paciente o emprego de um método contraceptivo
seguro e adequado, durante a terapia.
ü Informe ao paciente as
reações adversas mais frequentemente relacionada ao uso da medicação e que,
diante a ocorrência de qualquer uma delas, principalmente reações de hipersensibilidade,
zumbido, tontura ou perda da audição, como também se não for observada qualquer
melhora dos sintomas em poucos dias, o médico deverá ser comunicado
imediatamente.
ü Recomende principalmente aos
pacientes com história de doença cardíaca reumática ou substituição de válvula,
o uso profilático de antimicrobianos anteriormente à realização de procedimentos
invasivos dentários ou médicos.
ü Recomende ao paciente que
evite o uso de qualquer outra droga ou medicação, sem o conhecimento do médico,
durante a terapia.
ü Anteriormente ao inicio da
terapia: solicite testes de cultura e sensibilidade; a primeira dose da medicação
pode ser administrada, mesmo antes da obtenção desses resultados.
ü Antes do inicio da terapia,
avalie: sinais de infecção(sinais vitais, ferida, saliva, urina, fezes
leucócitos); durante a terapia, avalie: sinais de superinfecção (língua saburrosa,
prurido ou descarga vaginal, diarréia ou fezes fétidas) e, diante qualquer um
desses sinais, suspenda o uso da medicação e comunique imediatamente ao médico;
principalmente em pacientes com disfunção renal ou naqueles > 60 anos de
idade, avalie, por meio de audiometria e dos níveis séricos de vancomicina, a
função do oitavo nervo craniano (o pronto reconhecimento e a intervenção
imediata são essenciais para prevenir danos permanentes); e diariamente
monitore: o balanço hídrico e peso (urina turva ou rosa pode ser um indicativo
de nefrotoxicidade).
ü Colite pseudomembranosa:
durante a terapia, avalie a função intestinal (frequência e consistência da
evacuações, presença de sangue nas fezes).
ü Exames laboratoriais:
periodicamente durante a terapia, monitore: 1. Cilindros, albumina ou células
na urina ou diminuição na densidade específica; 2. A contagem sanguínea; e 3. A
função renal (pode causar aumento nos níveis de BUN).
ü Superdosagem e Toxicidade:
níveis séricos máximos de vancomicina 25mg/ml; concentrações máximas- 5-10mg/ml.
ü Interações medicamentosas: atenção
durante o uso concomitante de outras drogas.
IV:
observe rigorosamente o local de infusão; o extravasamento da droga pode causar
irritação, dor e necrose do tecido, alterne os locais de infusão; durante a
infusão, monitore a PA do paciente; não administre rapidamente ou em bólus,
infunda em, pelo menos 60 min. Para minimizar o risco de tromboflebite,
hipotensão e síndrome do “pescoço vermelho” (hipotensão súbita e grave, rubor
e/ou rash maculo-papular [face pescoço, tórax e extremidades superiores]); a incidência
de tromboflebite pode ser minimizada mediante o uso de soluções diluídas de
2,5-5mg/ml e administradas em locais diferentes
REFERENCIAS
AME:
Dicionário de administração de medicamentos na enfermagem. - 8. ED. Petrópolis,
RJ: EPUB, 2011.