sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

VANCOMICINA


VANCOMICINA (antibiótico [glicopeptídio])

CELOVAN, CLORIDRATO DE VANCOMICINA, VANCOCID, VANCOSON

PROPRIEDADES: Bactericida. Liga-se à parede celular bacteriana, causando a morte do microrganismo. Usada como cloridrato. Efeitos terapeuticos/; ação bactericida contra organismos suscetiveis; espectro ativo contra patógenos gram-positivos, como estafilococos (incluindo cepas meticilino resistentes de Staphylococcus aureus), estreptococos beta-hemoliticos do grupo A, Streptococcus pneumoniae, Corynebacterium, clostridium, Enterococcus faecalis e Enterococcus faecium.

FARMACOCINÉTICA

Uso IV. Inicio da ação/; rápido; nível sanguíneo: logo após a infusão; duração/; 12-24h; eliminação: renal (quase completamente); meia-vida: 6h (maior na insuficiência renal).

INDICAÇÕES E POSOLOGIA

Tratamento de infecções potencialmente fatais, quando são contra-indicados anti-bacterianos menos tóxicos. Particularmente útil nas infecções estafilocócias (endocardite, osteomielite, pneumonia e septicemia). Infecções dos tecidos moles em pacientes alérgicos à penicilina ou aos seus derivados ou quando o teste de sensibilidade demonstra resistência à meticilina. Infecções sistêmicas graves.

CONTRA INDICAÇÕES E PRECAUÇÕES
Hipersensibilidade. Use cuidadosamente nos casos de insuficiencia renal (se CCr= 80ml/min, recomenda-se reduzir a dose), prejuízo auditivo, obstrução ou inflamação intestinal, gestação e lactação: segurança ainda não estabelecida.

REAÇÕES ADVERSAS

CV: hipotensão.
DERMATOLOGICA: rash.
GU: nefrotoxicidade.
HEMATOLOGICA: eosinofilia, leucopenia.
LOCAL: flebite.
MUSCULOESQUELÉTICA: dor nas costas e no pescoço.
OTORRINOLARINGOLOGICA: ototoxicidade.
OUTRA: reações de hipersensibilidade (incluindo anafilaxia, calafrios, febre, sindrome do "pescoço vermelho", superinfecção).

INTERAÇÕES

Anestésicos: maior risco de rubor (crianças).
Bloqueadores neuromusculares não despolarizantes; possível aumento do bloqueio neuromuscular.
Nefrotóxicos (outros, incluindo àcido acetilsalicílico, aminoglicosídeios, ciclosporínas, cisplatina e diuréticos de alça): posíiveis ototoxicidade e nefrotoxicidade aditivas.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM
ü  A medicação deve ser administrada exatamente conforme recomendado e o tratamento não deve ser interrompido, sem o conhecimento do médico, ainda que o paciente alcance melhora. Se 1 dose for esquecida, ela deverá ser administrada tão logo possível, exceto quando no mesmo horário da próxima dose. As doses esquecidas não devem ser dobradas.

ü  A medicação não deve ser usada durante a gestação e a lactação. No caso de gravidez (confirmada ou suspeita) ou, ainda, se a paciente estiver amamentando, o médico deverá ser comunicado imediatamente. Recomende à paciente o emprego de um método contraceptivo seguro e adequado, durante a terapia.
ü  Informe ao paciente as reações adversas mais frequentemente relacionada ao uso da medicação e que, diante a ocorrência de qualquer uma delas, principalmente reações de hipersensibilidade, zumbido, tontura ou perda da audição, como também se não for observada qualquer melhora dos sintomas em poucos dias, o médico deverá ser comunicado imediatamente.
ü  Recomende principalmente aos pacientes com história de doença cardíaca reumática ou substituição de válvula, o uso profilático de antimicrobianos anteriormente à realização de procedimentos invasivos dentários ou médicos.
ü  Recomende ao paciente que evite o uso de qualquer outra droga ou medicação, sem o conhecimento do médico, durante a terapia.
ü  Anteriormente ao inicio da terapia: solicite testes de cultura e sensibilidade; a primeira dose da medicação pode ser administrada, mesmo antes da obtenção desses resultados.
ü  Antes do inicio da terapia, avalie: sinais de infecção(sinais vitais, ferida, saliva, urina, fezes leucócitos); durante a terapia, avalie: sinais de superinfecção (língua saburrosa, prurido ou descarga vaginal, diarréia ou fezes fétidas) e, diante qualquer um desses sinais, suspenda o uso da medicação e comunique imediatamente ao médico; principalmente em pacientes com disfunção renal ou naqueles > 60 anos de idade, avalie, por meio de audiometria e dos níveis séricos de vancomicina, a função do oitavo nervo craniano (o pronto reconhecimento e a intervenção imediata são essenciais para prevenir danos permanentes); e diariamente monitore: o balanço hídrico e peso (urina turva ou rosa pode ser um indicativo de nefrotoxicidade).
ü  Colite pseudomembranosa: durante a terapia, avalie a função intestinal (frequência e consistência da evacuações, presença de sangue nas fezes).
ü  Exames laboratoriais: periodicamente durante a terapia, monitore: 1. Cilindros, albumina ou células na urina ou diminuição na densidade específica; 2. A contagem sanguínea; e 3. A função renal (pode causar aumento nos níveis de BUN).
ü  Superdosagem e Toxicidade: níveis séricos máximos de vancomicina 25mg/ml; concentrações máximas- 5-10mg/ml.
ü  Interações medicamentosas: atenção durante o uso concomitante de outras drogas.
IV: observe rigorosamente o local de infusão; o extravasamento da droga pode causar irritação, dor e necrose do tecido, alterne os locais de infusão; durante a infusão, monitore a PA do paciente; não administre rapidamente ou em bólus, infunda em, pelo menos 60 min. Para minimizar o risco de tromboflebite, hipotensão e síndrome do “pescoço vermelho” (hipotensão súbita e grave, rubor e/ou rash maculo-papular [face pescoço, tórax e extremidades superiores]); a incidência de tromboflebite pode ser minimizada mediante o uso de soluções diluídas de 2,5-5mg/ml e administradas em locais diferentes


REFERENCIAS

AME: Dicionário de administração de medicamentos na enfermagem. - 8. ED. Petrópolis, RJ: EPUB, 2011.

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