quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

MEDICAÇÕES E CUIDADOS DE ENFERMAGEM (PIPERACILINA/TAZOBACTAM)





PIPERACILINA/TAZOBACTAM (Antibiótico [associação penicilina semi-sintética/inibidor de betalactamase])

PIPERACILINA SÓDICA + TAZOBACTAM SÓDICO, TAZOCILINA, TAZOCIN, TAZPEN.

Apresentação: frasco-ampola com 2,25mg (dose única) ou 4,5mg (dose única)de pó liófilo injetável.

Ação: a piperacilina liga-se a membrana da parede celular bacteriana, causando a eliminação da bactéria. É bactericida. O seu espectro é amplo, quando comparado com o de outras penicilinas. O tazobactam inibe a betalactamase, uma enzima bacteriana que inativa as penicilinas. A piperacilina e o tazobactam são usados na forma sódica. Efeitos terapêuticos: eliminação das bactérias suscetíveis; espectro ativo contra bactérias piperacilino-resistentes ou produtoras de betalactamase (Bacteróides fragilis, Escherichia coli, Staphylococus aureus e Haemophilus influenzae). Ativa também contra Pseudomonas aeruginosa.

Uso IV. Meia vida: 0,7-1,2h; eliminação: renal (80%).

Indicações e Posologia

Apendicite, infecções da pele e dos tecidos moles, infecções ginecológicas, pneumonia causada por bactérias piperacilino resistentes ou produtoras de betalactamase. IV (adultos): 3-4g de piperacilina + 0,375-0,5g de tazobactam, a cada 6-8h; prejuízo renal – se CCr= 20-40ml/min., 2g de piperacilina + 0,25mg de tazobactam, 8/8h.

Contra Indicações e precauções

Hipersensibilidade a penicilina ou tazobactam (possibilidade de reatividade cruzada com cefalosporinas). Use cuidadosamente nos casos de prejuízo renal (se CCr < 40ml/min, recomenda-se reduzir a dose ou aumentar os intervalos) e restrição ao sódio. Gestação ou lactação: segurança ainda não estabelecida.

Reações Adversas

CV: arritmias, ICC.

Dermatológicas: rash, urticária.

Gl: colite pseudomembranosa, diarréia, náusea.

GU: hematúria (crianças), nefrite intersticial.

Hematológicas: sangramento, discrasias sanguíneas, aumento do tempo de sangramento.

Hepática: hepatite medicamentosa.

Hidreletroliticas: hipocalemia, hipermatremia.

Local: flebite (IV).

Metabólica: alcalose metabólica.

SNC: convulsões (doses mais altas), confusão, letargia.

Outras: reações de hipersensibilidade (anafilaxia, doença do soro), superinfecção.

Interações

Aminoglicosidios: possível diminuição da meia-vida dessas drogas (principalmente em pacientes com prejuízo renal). Anfotericina B, corticosteróide ou diuréticos depletores de potássio: possível maior risco de hipocalemia. Hepatotóxicos (outros): risco de hepatotoxidade aditiva. Litio: possível alteração na excreção dessa droga. Probenecida: diminuição da excreção renal e aumento dos níveis sérios.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

ü  A medicação deve ser administrada exatamente conforme recomendado e o tratamento não deve ser interrompido, sem o conhecimento do médico, ainda que o paciente alcance melhora.

ü  A medicação não deve ser usada durante a gestação ou lactação (exceto se os benefícios justificarem os possíveis riscos para o feto). No caso de gravidez (confirmada ou suspeita) ou, ainda, se a paciente estiver amamentando ou planejando amamentar, o médico devera ser comunicado imediatamente. Recomenda-se cautela também nos casos de prejuízos renal (se CCr <40ml/min., recomenda-se reduzir a dose ou aumentar os intervalos) e restrito ao sódio.

ü  Informe ao paciente as reações adversas mais frequentemente relacionadas ao uso da medicação e que, diante a ocorrência de qualquer uma delas, principalmente sinais de infecção (febre, língua saburrosa, prurido ou descarga vaginal, diarréia ou fezes fétidas) e alergia, como também se as fezes se apresentarem com sangue, pus ou muco, o médico deverá ser comunicado imediatamente. O paciente não devera tentar tratar a diarréia ou tomar quaisquer antidiarreicos, sem antes consultar médico. Este efeito pode ser prolongado até varias semanas após a suspensão da medicação.

ü  Recomende que o paciente evite dirigir e outras atividades que requerem estado de alerta, durante a terapia.

ü  Recomende que o paciente evite o uso de qualquer outra droga ou medicação, sem o conhecimento do médico, durante a terapia.

ü  Gonorréia: o uso da medicação em altas doses, por um curto período de tempo, pode mascarar ou atrasar os sintomas de incubação da sífilis. Material para exame de campo escuro deve ser obtido de pacientes por qualquer lesão primaria suspeita, e os exames sorológicos devem ser realizados por, no mínimo, 4 meses.

ü  Antes de administração, avalie: antecedentes de hipersensibilidade a penicilinas, cefalos-porinas ou outros alérgicos e, na presença de reações alérgicas durante o tratamento, suspenda o uso da medicação (as reações de hipersensibilidade graves podem requerer a administração de epinefrina e o emprego de outras medidas de emergência); durante a terapia, avalie: as reações adversas e, diante diarréia grave e persistente, considere a possibilidade de colite pseudomembranosa (possivelmente fatal) induzida pelo antibiotico, suspenda imediatamente o uso da medicação e comunique ao medico para instituição do tratamento adequado (teicoplanina oral ou vancomicina oral) – o uso de preparações que inibem o peristaltismo é contra indicado rigorosamente qualquer reação neurológica ou crises convulsivas (provavelmente derivadas à administração IV de doses maiores que as recomendadas) e, diante estas ou quaisquer outras reações adversas, comunique imediatamente o medico; periodicamente os eletrólitos (principalmente em paciente com baixa reserva de potássio) e considere a possibilidade de hipocalemia naqueles com reserva de potássio potencialmente baixa e que estejam recebendo terapia citotóxica ou diuréticos (o conteúdo de sal da medicação também devem ser considerados quando os pacientes em tratamento necessitem de restrição de sódio).

ü  Principalmente durante terapia prolongada, avalie: e considere a possibilidade de desenvolvimento de organismos resistentes, que podem causar superinfecções e monitore: periodicamente as funções renais, hepática e hematopoética (os pacientes co insuficiência renal são mais suscetível ao desenvolvimento de manifestações hemorrágicas algumas vezes associados com anormalidades nos testes de coagulação [tempo de coagulação, agregação plaquetaria e tempo da protrombina]) e, diante estas reações, o uso da medicação deve ser suspenso, instituindo-se, em seguida, o tratamento apropriado.

ü  Interações medicamentosas: atenção durante o uso concomitante de outras drogas.

ü  IV: a medicação deve ser administrada exclusivamente por esta via (microgotas); reconstitua com diluentes compatíveis (cloreto de sódio 0,9%, água destilada); o volume Maximo recomendado e de 50ml; após a reconstituição, dilua novamente a solução no volume desejável com uma soluções compatíveis (glicose 5%, dextrano 6%, cloreto de sódio 0,9%, Ringer lacto); não misture outras medicações na mesma seringa
ABREVEATURAS
CCr: clearence de creatinina
CV: cardiovascular
Gl: gastrintestinal
GU: geniturinário
IV: indovenosa
SNC: sistema nervoso central

REFERENCIAS

AME: Dicionário de administração de medicamentos na enfermagem. - 8. ED. Petrópolis, RJ: EPUB, 2011.

Um comentário:

  1. Parabéns pelo Blog. Acrescentando bastante como cuidados de Enferm.

    ResponderExcluir